BlackRock e Fidelity já possuem R$ 23 bilhões em bitcoin

Somadas, BlackRock e Fidelity já possuem mais de 110.000 bitcoins em seus ETFs

No início deste mês, as gigantes BlackRock e Fidelity lançaram seus ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos. Em menos de um mês de operação, esses fundos já acumularam mais de 110.000 bitcoins, equivalente a R$ 23,4 bilhões. Esse volume expressivo de investimento é um dos principais motivos que têm impulsionado a recuperação do Bitcoin, após as saídas em massa do ETF da Grayscale.

BlackRock e Fidelity dominam o mercado de ETFs de Bitcoin nos EUA

A BlackRock e a Fidelity, que já eram concorrentes no mercado tradicional, agora estão disputando a liderança no mercado de ETFs de Bitcoin. A BlackRock é responsável por US$ 9,1 trilhões em ativos sob gestão, enquanto a Fidelity possui US$ 4,5 trilhões. Quando se trata dos ETFs de Bitcoin, a competição está acirrada. De acordo com dados on-chain, a BlackRock possui 56.629 bitcoins em sua carteira, enquanto a Fidelity possui outros 53.827 bitcoins.

Embora a SEC (Securities and Exchange Commission) tenha aprovado 10 ETFs de Bitcoin à vista no dia 10 de janeiro, apenas 3 deles estão chamando a atenção do mercado. O GBTC da Grayscale, mesmo enfrentando saídas significativas, ainda é o maior de todos, com 492.112 bitcoins em seu portfólio. Contudo, os ETFs IBIT e GBTC, da BlackRock e da Fidelity, respectivamente, estão buscando assumir essa posição de destaque. Em poucos dias, ambos já acumularam mais de 10% do tamanho do GBTC.

Em conjunto, esses dois ETFs já representam 20% do tamanho do GBTC, volumes impressionantes considerando que eles foram lançados há menos de um mês. BlackRock e Fidelity já possuem mais de 110.000 bitcoins em seus fundos, o equivalente a R$ 23,4 bilhões.

Outras gestoras também estão mostrando números expressivos

Embora BlackRock e Fidelity estejam dominando a competição, outras gestoras também estão apresentando números impressionantes. O ETF da Ark Invest possui US$ 661 milhões em Bitcoin, enquanto o ETF da Bitwise possui outros US$ 643 milhões. Na sequência, aparecem Invesco, VanEck, Valkyrie, Franklin Templeton e WisdomTree, com US$ 304 milhões, US$ 128 milhões, US$ 114 milhões, US$ 62 milhões e US$ 11 milhões, respectivamente. Excluindo os três maiores ETFs, essas gestoras são responsáveis por US$ 1,9 bilhão (R$ 9,4 bilhões) em Bitcoin.

ETFs de Bitcoin causarão grande demanda, aponta ex-diretor da Casa Branca

O volume de Bitcoins administrado pelas gestoras acima já é surpreendente, porém, Anthony Scaramucci, ex-diretor de comunicações da Casa Branca, acredita que esses ETFs podem causar uma demanda ainda maior por Bitcoin no futuro. Segundo sua explicação, muitas pessoas do setor financeiro tradicional ainda não entendem o Bitcoin, além de serem cautelosas em relação a ele. Portanto, Scaramucci acredita que esse panorama será impactante quando as gestoras começarem a oferecer esse produto com mais confiança.

Em uma conversa recente com Scott Melker, o ex-diretor da Casa Branca afirmou que o Bitcoin pode multiplicar seu valor por 16 vezes no longo prazo, ultrapassando os US$ 650.000. Para o médio prazo, ele considera US$ 170.000 como um número possível e até mesmo conservador, especialmente após o halving.