Protagonistas da base saem e viram coadjuvantes em Flamengo milionário

O Flamengo e o desafio de aproveitar as joias da base

O Flamengo vem se destacando no cenário do futebol brasileiro desde 2019, quando passou por uma transformação financeira que mudou seu patamar. Com altos investimentos em contratações, o clube montou um time estrelado, porém, as joias da base têm tido poucas oportunidades de se mostrar antes de deixarem o clube. O mais recente caso é o de Werton, artilheiro do time sub-20, que foi emprestado ao Santa Clara, de Portugal, por 18 meses.

A importância da base para o Flamengo

A base sempre teve um papel fundamental no Flamengo, principalmente nos momentos em que o clube passava por dificuldades financeiras. Diversos jogadores foram lançados para suprir lacunas no elenco e garantir resultados positivos em campo. No entanto, nos últimos anos, poucos jogadores criados no clube conseguiram ter uma sequência no time principal.

Ao longo do tempo, vimos nomes como Matheus Cunha, Hugo Souza, Matheuzinho, Wesley, João Gomes, Thuler, Hugo Moura, Victor Hugo e Matheus França ganhando mais minutos em campo, mas acabaram negociados rapidamente. Outros nomes como Lincoln, Reinier, Lázaro, Rodrigo Muniz, Ramon e Natan se destacaram no time principal, mas também tiveram passagens curtas pelo clube.

O desafio de desenvolver os jovens talentos

É evidente que o Flamengo tem muitas promessas em sua base, mas o clube ainda enfrenta dificuldades em aproveitar esses talentos de forma consistente. Muitos chegam ao time principal com grande expectativa, encantam a torcida com atuações promissoras, mas acabam deixando o clube pouco tempo depois.

Um exemplo disso é Lázaro, que era considerado o xodó de Jorge Jesus e teve oportunidades de jogar, mas deixou o clube sem conseguir se firmar como titular. Esse cenário de poucas chances e saídas precoces pode impactar no desenvolvimento dos jovens jogadores, afetando também a capacidade do Flamengo de gerar receita com vendas futuras.

A busca por equilíbrio entre a base e as contratações

O Flamengo reconhece a importância de sua base e sabe que precisa aprimorar seu processo de desenvolvimento de jovens talentos. No entanto, o clube também precisa equilibrar essa estratégia com a necessidade de reforçar o time principal com contratações de peso.

Nos últimos anos, o Flamengo tem se destacado não apenas pelas vendas de jogadores, mas também pelos altos investimentos em contratações. O clube está em busca de um elenco competitivo tanto no cenário nacional quanto internacional, e para isso, precisa contar com uma base sólida e um processo eficiente de transição dos jovens talentos para o profissional.

O futuro das joias do Flamengo

O Flamengo já tem em seu planejamento a negociação de atletas para 2024, com uma meta estabelecida de 10 milhões de euros (R$ 53 milhões). O clube sabe que precisa gerar receita com vendas, mas também precisa encontrar formas de aproveitar melhor suas joias da base.

O empréstimo de jogadores para ganhar experiência em clubes brasileiros ou em times do exterior pode ser uma estratégia interessante para o desenvolvimento dos jovens talentos, desde que haja um planejamento adequado e um acompanhamento próximo da evolução de cada jogador.

Conclusão

O Flamengo investiu alto em contratações nos últimos anos e montou um elenco estrelado. No entanto, o clube ainda enfrenta desafios na hora de aproveitar suas joias da base de forma consistente. É preciso encontrar um equilíbrio entre a base e as contratações, buscando desenvolver os jovens talentos e ao mesmo tempo fortalecer o time principal.

O futuro das joias do Flamengo depende de um planejamento eficiente, de oportunidades justas no time principal e de uma gestão que saiba valorizar e aproveitar os talentos formados no próprio clube. Somente assim o Flamengo poderá se consolidar como uma potência não apenas em termos financeiros, mas também na formação de jogadores.