Em novo boletim divulgado na manhã deste domingo, Defesa Civil de Maceió alerta para risco iminente de colapso da mina nº 18
No dia 3 de dezembro, a Defesa Civil de Maceió divulgou um novo boletim informando que a mina nº 18, localizada no bairro do Mutange, ainda está sob risco iminente de colapso. A velocidade de deslocamento do solo continua sendo de 0,7 cm por hora, a mesma registrada no dia anterior.
A mina nº 18 faz parte das 35 minas de sal-gema que foram escavadas pela Braskem ao longo de 44 anos na área urbana de Maceió, causando um grande impacto no solo e na vida dos moradores. A cidade foi colocada em situação de emergência pelo prefeito JHC (PL-AL) por um período de 180 dias, a partir do dia 29 de novembro.
O deslocamento vertical acumulado até a manhã do dia 3 de dezembro foi de 1,69 metros, com um movimento de 10,8 cm nas últimas 24 horas. Esses números evidenciam a gravidade da situação e reforçam a necessidade de medidas urgentes para garantir a segurança da população.
A devastação urbana causada pela mineração irresponsável da Braskem
O problema do deslocamento do solo em Maceió não é recente e está relacionado à extração de sal-gema realizada pela Braskem ao longo de décadas. Inicialmente, a empresa responsável era a Salgema Indústria Químicas de Alagoas, que posteriormente passou a se chamar Braskem.
Foram escavadas um total de 35 minas de sal-gema na área urbana de Maceió, afetando diretamente os bairros de Bebedouro, Mutange, Pinheiro, Farol e Bom Parto. Desde 2018, dezenas de milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas devido ao risco iminente de colapso das minas.
Moradores das áreas de maior risco foram realocados para garantir sua segurança, porém aqueles que vivem em regiões de menor criticidade permanecem no local, vivendo em um contexto de isolamento urbano. As comunidades dos Flexais são um exemplo disso.
Agravamento da situação com possíveis chuvas
A Defesa Civil alertou que o clima na cidade de Maceió pode agravar a situação da mina 18 da Braskem, principalmente se ocorrer chuva em excesso. No entanto, neste domingo, a previsão indicava um dia com tempo aberto e baixa probabilidade de chuva (5%). Alguns chuviscos foram registrados pela manhã no bairro do Bebedouro, vizinho ao Mutange.
É importante ressaltar que a situação é preocupante e requer atenção constante das autoridades. A Defesa Civil tem monitorado a velocidade de deslocamento do solo para avaliar os riscos e permitir intervenções preventivas.
A população de Maceió espera que medidas efetivas sejam tomadas para garantir a segurança das pessoas afetadas por essa tragédia. A responsabilização da empresa pelo dano causado ao meio ambiente e às comunidades locais também é uma demanda importante.
Conclusão
O risco iminente de colapso da mina nº 18 em Maceió é um problema grave que tem causado deslocamento do solo e obrigado a realocação de milhares de pessoas. A extração de sal-gema realizada pela Braskem ao longo de várias décadas provocou essa situação de emergência na cidade.
A Defesa Civil está em alerta máximo e monitorando a velocidade de deslocamento do solo para tomar as medidas necessárias. A possibilidade de agravamento com as chuvas também é uma preocupação constante.
A população espera que a situação seja tratada com seriedade pelas autoridades competentes e que medidas de prevenção e recuperação sejam adotadas. A responsabilização da empresa também é uma demanda importante para garantir a reparação dos danos causados.
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