Defesa Civil emite alerta de chuvas fortes no sul da BA; comunicado faz referência à região atingida por temporais em 2021 e 2022

A Defesa Civil de Ilhéus emite alerta de chuvas fortes

A Defesa Civil de Ilhéus, cidade localizada no sul da Bahia, emitiu um alerta de chuvas fortes que está vigente desde segunda-feira (18) e deve se estender até a próxima quinta-feira (21). Essa não é a primeira vez que a cidade enfrenta temporais, pois em dezembro de 2021 e 2022, Ilhéus enfrentou chuvas intensas que resultaram em mortes e desabrigados. Como medida preventiva, a prefeitura municipal orientou os moradores a evitarem áreas de risco e a ficarem atentos a sinais de desagregação do solo, como fissuras e rachaduras em imóveis.

Segundo a Defesa Civil, as chuvas esperadas para esse período podem acumular até 91 milímetros, um número inferior aos anos anteriores, porém ainda bastante elevado, uma vez que especialistas consideram chuva forte a partir de 30 milímetros. Devido a essa previsão, a cidade está exposta a riscos de deslizamentos de terra e alagamentos em diversos pontos.

A Defesa Civil age por meio de monitoramento e ações preventivas, como vistorias e instalação de proteção provisória de barrancos com lonas. Em caso de emergência, os moradores podem acionar o órgão através do telefone (73) 97400-7521.

A situação de emergência em Ilhéus

No mês de abril deste ano, Ilhéus e outros cinco municípios tiveram a situação de emergência decretada devido aos temporais. Essas chuvas afetaram pelo menos 27 cidades, deixando 9.261 pessoas desalojadas, 74 desabrigadas e 9.348 afetadas. O desastre incluiu alagamentos, deslizamentos de terra e desabamentos de imóveis, resultando na morte de um casal de turistas mineiros e de um pescador, que era tio da famosa cantora Carla Perez.

No ano de 2021, a Bahia registrou um alto número de vítimas devido às chuvas, com 24 mortes e mais de 91 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas. Mais de 620 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no estado, sendo que mais de 400 ficaram feridas. Segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), a Bahia registrou o maior volume de chuva em 32 anos durante o mês de dezembro. Já o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relatou que foi o maior volume dos últimos 60 anos.

Ilhéus decretou estado de calamidade pública, que é considerado mais grave do que a situação de emergência. Esse tipo de decreto ocorre quando o desastre é tão grande a ponto de comprometer completamente a capacidade de resposta do poder público local. Nesses casos, a União pode intervir, inclusive com ações da Força Nacional, para auxiliar no controle dos danos.

Temporais recentes e suas consequências

No último ano, temporais afetaram diversas cidades nas regiões sul, extremo sul e sudoeste do estado da Bahia. O Governo do Estado declarou estado de emergência em mais de 100 municípios, impactando cerca de 280 mil pessoas. Mais de 3 mil pessoas ficaram desabrigadas e 31 mil desalojadas.

Em Ilhéus, no dia de Natal, foi registrado o volume de chuva de 136 mm, o segundo maior desde 2003 e o maior desde novembro de 2013, quando um temporal atingiu a marca de 172mm. Outras cidades também foram atingidas, como Vitória da Conquista, que teve chuvas muito acima da média registrada em todo o mês de dezembro anterior.

Os temporais também tiveram impacto nas rodovias estaduais e federais do estado, com aberturas de crateras nas vias que resultaram em bloqueios de trechos e problemas no trânsito. Algumas cidades, como Jequié, tiveram regiões completamente inundadas devido ao transbordamento de rios, e famílias ribeirinhas ficaram desabrigadas.

Em resumo, Ilhéus enfrenta novamente a possibilidade de chuvas fortes, e a Defesa Civil alerta para os riscos de deslizamentos de terra e alagamentos. Essa é uma situação recorrente na cidade, que já declarou situação de emergência e calamidade pública em anos anteriores devido aos temporais. A população deve estar atenta às orientações da prefeitura e da Defesa Civil, evitando áreas de risco e observando sinais de desagregação do solo e rachaduras em imóveis. É fundamental que as autoridades e a população trabalhem de forma conjunta para minimizar os impactos desses desastres naturais.