Charlie Munger: O crítico fervoroso do Bitcoin
O mundo financeiro sofreu uma perda irreparável com o falecimento de Charlie Munger, um renomado investidor, filósofo empresarial e sócio de longa data de Warren Buffett na Berkshire Hathaway. Ao longo de sua carreira, Munger se tornou conhecido por sua sabedoria e insights afiados sobre o mundo dos investimentos, mas também por suas críticas contundentes em relação ao Bitcoin e outras criptomoedas.
A sabedoria de Charlie Munger
Nascido em 1924, Charlie Munger se tornou uma lenda no mundo financeiro não apenas por sua parceria de longa data com Warren Buffett, mas também por suas próprias realizações e filosofias de investimento. Munger era conhecido por sua abordagem de investimento baseada em valor, enfatizando a importância de entender profundamente as empresas em que investia.
As críticas de Munger ao Bitcoin
Apesar de sua reputação e experiência no campo dos investimentos, Charlie Munger chamou atenção por suas opiniões francas sobre o Bitcoin e outras criptomoedas. Em 2017, Munger descreveu o Bitcoin como "a coisa mais estúpida que já viu" e adicionou que era "uma desgraça". Essa declaração inicial refletia sua desconfiança na sustentabilidade e no valor real do Bitcoin como um ativo de investimento.
No ano seguinte, Munger reforçou sua posição, chamando o Bitcoin de "veneno de rato" e "uma armadilha para tolos". Essas palavras ressoaram no mundo financeiro, destacando a distância entre os investidores tradicionais e os entusiastas das criptomoedas.
O posicionamento de Munger ao longo do tempo
Em 2018, durante uma conversa com a CNBC, tanto Charlie Munger quanto Warren Buffett e Bill Gates reforçaram suas críticas ao Bitcoin, desprezando a maior criptomoeda do mercado. Munger comparou o frenesi em torno das criptomoedas à era da bolha pontocom do final dos anos 90, destacando seu ceticismo em relação ao valor intrínseco desses ativos.
Em 2021, Charlie Munger compartilhou um conselho prático sobre a volatilidade do mercado, que também se aplicava ao mundo das criptomoedas. Ele advertiu que, se os investidores não estivessem preparados para enfrentar quedas significativas no mercado, eles não seriam adequados para serem acionistas comuns.
No início de 2022, Munger sugeriu que os EUA deveriam seguir o exemplo da China e banir o Bitcoin, gerando debates acalorados entre defensores e críticos das criptomoedas. Ele também menosprezou as criptomoedas ao comentar sobre a falência da FTX, afirmando que os EUA não precisam de uma moeda que não seja respaldada pelo governo.
Ainda no mesmo ano, quando questionado pelo Yahoo Finance sobre o Bitcoin ter ganhado destaque no público em geral, Munger manteve seu discurso antigo, acreditando que as criptomoedas não traziam benefícios significativos para a sociedade.
Em fevereiro de 2023, o bilionário chamou as criptomoedas de "cripto fezes" e exaltou as moedas nacionais, afirmando que elas permitiram uma evolução na humanidade ao possibilitar o comércio entre as pessoas.
Em sua declaração final sobre o assunto no mesmo ano, Munger reiterou que não investe em criptomoedas por não ter interesse em um ativo que ataque moedas fiduciárias, classificando os investidores em dois grupos: iludidos ou maliciosos.
O legado de Charlie Munger
Com a morte de Charlie Munger, o mundo financeiro perde uma das vozes mais experientes e respeitadas. Suas opiniões sobre o Bitcoin, embora controversas, refletem a abordagem cautelosa e fundamentada que ele adotou em todas as suas decisões de investimento ao longo de uma carreira notável.
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