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Manifestantes fazem ato na Avenida Paulista, em SP, em protesto pela morte de preso do 8 de janeiro na Papuda

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Manifestação em São Paulo reúne apoiadores de Bolsonaro em protesto pela morte de réu

Uma manifestação na Avenida Paulista reuniu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em protesto pela morte de Cleriston Pereira da Cunha, um dos réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro

No último domingo (26), uma manifestação ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, reunindo milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ato tinha como principal objetivo protestar contra a morte de Cleriston Pereira da Cunha, um dos réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. A manifestação ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo e recebeu grande adesão de pessoas vestidas com as cores verde e amarelo.

Críticas ao governo, STF e ministro Alexandre de Moraes

Durante a manifestação, os apoiadores de Bolsonaro fizeram críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes. Muitos alegavam que o réu falecido, Cleriston Pereira da Cunha, era inocente e estava sendo vítima de perseguição política. Um carro de som foi utilizado para que políticos, como o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados federais Ricardo Salles (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP), pudessem discursar.

Atos em defesa do Estado Democrático de Direito e dos Direitos Humanos

Uma faixa presa ao carro de som descrevia o ato como "em defesa do Estado Democrático de Direito, dos Direitos Humanos e em memória de Cleriston Pereira". Isso demonstra que os manifestantes acreditavam que a morte do réu foi uma violação dos princípios fundamentais do Estado de Direito. Os apoiadores também exigiam respeito aos Direitos Humanos e acredita-se que a morte de Cleriston Pereira possa ter sido resultado das condições precárias e superlotação do sistema prisional brasileiro.

Solidariedade do STF

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, manifestou solidariedade à família de Cleriston Pereira da Cunha, lamentando sua morte ocorrida no presídio da Papuda, onde estava preso preventivamente. Barroso destacou que o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais decorrentes das manifestações antidemocráticas, já determinou a apuração das circunstâncias em que se deu a morte. Além disso, o STF reconheceu a violação massiva de direitos fundamentais no sistema prisional brasileiro e determinou um plano para melhorar a situação.

Redução da superlotação e presos provisórios

O plano determinado pelo STF para melhorar a situação do sistema prisional brasileiro tem como diretrizes a redução da superlotação dos presídios, o número de presos provisórios e a permanência em regime mais severo ou por tempo superior ao da pena. O ministro Barroso ressaltou que o Poder Judiciário não é responsável pela administração do sistema prisional, mas está empenhado em buscar soluções para os problemas enfrentados no sistema.

Liberdade provisória concedida pela STF

No dia 24 de setembro, o STF concedeu liberdade provisória a outro preso por participação nos atos antidemocráticos, estabelecendo medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Essa foi a oitava decisão semelhante tomada pelo ministro Alexandre de Moraes durante a semana. Até o momento, 108 acusados de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro permanecem presos.

Conclusão

A manifestação em São Paulo, protagonizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve como principal motivação a morte de Cleriston Pereira da Cunha, um dos réus pelos atos golpistas ocorridos em janeiro deste ano. O ato foi marcado por críticas ao governo, STF e ao ministro Alexandre de Moraes. Além disso, o STF manifestou sua solidariedade à família do réu falecido e se comprometeu a apurar as circunstâncias de sua morte. A concessão de liberdade provisória a outros réus também foi destacada. O sistema prisional brasileiro, alvo de críticas constantes, deve buscar soluções para reduzir a superlotação e melhorar as condições dos presos provisórios. A situação ainda está em desenvolvimento, uma vez que há diversos réus ainda presos por participação nos atos antidemocráticos.

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