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Blindagem sem licitação ordenada por prefeita foi para caminhonete de luxo, diz MP; veículo custou R$ 287 mil

O veículo oficial da prefeitura de Imbaú blindado sem licitação e por motivo pessoal

Introdução

A prefeita Dayane Sovinski (PSD), de Imbaú, cidade dos Campos Gerais do Paraná, está enfrentando sérias acusações do Ministério Público do Paraná (MP) quanto à compra e blindagem de uma caminhonete de luxo sem licitação. O MP alega que a prefeita utilizou recursos públicos para atender a um motivo pessoal, o que é considerado corrupção. Neste artigo, iremos analisar em detalhes essa controvérsia e os desdobramentos legais que estão ocorrendo.

A compra da caminhonete

A caminhonete em questão, uma Ford Ranger FX4, foi adquirida pela prefeitura em maio de 2023 por um valor de R$ 286,9 mil. De acordo com o MP, o processo licitatório realizado para a compra possivelmente foi uma simulação para encobrir uma contratação direta, sem seguir os trâmites legais necessários. A justificativa para a compra do veículo alegava que os veículos oficiais da prefeitura estavam em mau estado de conservação e que a antiga caminhonete do gabinete da prefeita foi furtada. No entanto, o valor máximo estipulado na licitação era de R$ 319,37 mil, enquanto o veículo foi adquirido por um valor inferior.

A suspeita de blindagem e ação do MP

O Ministério Público afirma que a prefeita Dayane Sovinski solicitou a blindagem da caminhonete alegando sofrer ameaças de seu ex-marido. No entanto, o MP considera esse motivo como pessoal e não relacionado ao exercício do cargo público, o que torna a ação de blindagem um ato corrupto. Além disso, a licitação para a blindagem foi aberta somente após o veículo já ter sido levado à empresa responsável pelo serviço, o que indica irregularidade no processo. O valor da blindagem foi de R$ 73 mil, e após recomendação do MP, a licitação foi cancelada.

A ação do Ministério Público e a defesa da prefeita

O Ministério Público do Paraná ajuizou uma ação pedindo a perda do mandato da prefeita Dayane Sovinski, além do ressarcimento dos danos ao erário, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa civil. Em nota, a prefeita afirmou que ainda não foi notificada da ação, mas contesta os fatos apresentados pelo MP, alegando um equívoco de interpretação. Ela afirma que irá comprovar que não houve dano ao erário público. A empresa responsável pela blindagem, a LAF Blindados, também está sendo alvo da ação e pode sofrer punições previstas na Lei Anticorrupção.

As ameaças e a justificação da prefeitura

A prefeitura de Imbaú afirmou que a prefeita Dayane Sovinski vinha sofrendo ameaças de seu ex-marido, mas não forneceu detalhes sobre as mesmas. A prefeita havia aberto um boletim de ocorrência contra o ex-marido em 2021 por violência doméstica, porém, nos anos seguintes, ele também registrou boletins de ocorrência contra ela por ameaças. A Polícia Civil informou que não havia medidas protetivas em vigor entre o ex-casal. O ex-marido da prefeita ainda não se manifestou sobre o caso.

Conclusão

A compra e blindagem da caminhonete de luxo pela prefeita Dayane Sovinski, de Imbaú, está envolta em graves acusações de corrupção e irregularidades. O Ministério Público do Paraná ajuizou uma ação requerendo a perda do mandato da prefeita e o ressarcimento dos danos ao erário. A prefeita nega as acusações e afirma que irá comprovar sua inocência. O desenrolar desse caso será fundamental para acreditar na transparência e ética na gestão pública. Resta aguardar a decisão judicial e acompanhar os desdobramentos.

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